Trem de ida, Trem de volta.


 Estava tudo frio. Monótono. Triste. Parecia que a felicidade não chegava do meu lado de jeito nenhum, por mais que eu quisesse, por mais que eu corresse até ela eu a via cada vez mais longe de mim.
 Era como se eu estivesse em uma estação de trem, a onde existisse apenas dois. Um de ida, e um de volta. O de ida vai para um mundo melhor, o de ida vai para até a felicidade que eu sempre quis ter.  O de volta vai para um abismo, para um vazio escuro e enorme, que não existe nada a mais que dor, tristeza, irritação e mais um pouco de dor.
 Só que para pegar o trem de ida era difícil. Algo estava impedindo de eu ir até lá. Havia alguma barreira que eu não estava conseguindo identificar. Não, com certeza não eram as pessoas, pois não havia ninguém, a estação de trem na qual eu estava, estava completamente e sombriamente vazia. Era uma vida sem cor.
 Parecia que existiam obstáculos transparentes me impedindo de ir ate o trem de ida, eles existiam, mas eu não conseguia enxergar nada alem de uma neblina que me impedia de enxergar meu futuro feliz.
O trem de volta era o mais fácil de conseguir entrar. Não havia mais obstáculos para se passar. Aquele trem, o trem de volta ia para o vazio escuro, afinal, porque estava tão fácil de eu entrar naquele trem? Talvez fosse porque eu já estava nele. O outro trem eu via apenas da janela do vazio que eu estava. A luz brilhava. Eu a via ao longe através da janela. Era um pontinho luminoso na escuridão. 

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